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Novos e inéditos horizontes
por Você SA
Publicada em 31/12/2007

Por José Eduardo Costa

 

Navegar sozinho num mar de oportunidades é o sonho de todo profissional. Ao criar um método para tornar esse sonho realidade, Chan Kim e Renée Mauborgne, da escola francesa Insead, se tornaram os gurus do momento no mundo todo. Estudando a estratégia de empresas e de profissionais que conquistaram seu lugar ao sol, afastando o concorrente, Kim e Renée constataram que não existem um setor excelente, empresas ideais nem executivos excepcionais.

  

 

O segredo é descobrir um diferencial de valor. Um atributo que sua equipe, seu chefe ou seus clientes percebam como único em você. O administrador José Henrique do Prado Fay, diretor-superintendente do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, definiu que o diferencial do hospital são seus profissionais. Há um ano, ele mandou abrir um andar inteiro para abrigar restaurante com nutricionista, academia de ginástica, biblioteca, sala de vídeo, sala de festas e uma varanda enorme com vista para os Jardins, região nobre de São Paulo. 'Atende bem quem está bem', diz. José Henrique trabalha ainda para posicionar o Oswaldo Cruz como o número 1 no check-up para executivos. 'Estamos abrindo nosso oceano azul', diz o administrador. Quem também quer manter distância de um oceano vermelho, repleto de competidores, é o executivo Marcelo Cardoso, presidente da DBM no Brasil. Há um ano ele percebeu que o mercado de recolocação de executivos estava saturado. 'As empresas querem pagar o menor preço pelo serviço de recolocação, o que pune quem prima pela qualidade', diz Marcelo. A DBM passou a atuar, então, em processos de fusão e aquisição, auxiliando os profissionais durante a fase de transição. O novo serviço representou 20% do faturamento da DBM em 2006. Outra prova que desbravar um oceano azul independe de área vem do Ibmec, escola de negócios paulistana. Ao apostar na educação de nível internacional, com professores-executivos e salas de aula que copiam o que tem de melhor no exterior, a escola tem o segmento de educação corporativa que mais cresce no mercado. O diretor-presidente, Cláudio Haddad, estima que esse segmento, que hoje representa 15% do faturamento de 67 milhões de reais da escola paulista, alcance 30% daqui cinco anos.

O que dizer então do aceano azul criado pelos engenheiros, pesquisadores e técnicos da Bosch, de Campinas, interior paulista. Em meados dos anos 90, eles criaram o sistema flex, que permite que os carros rodem com álcool, gasolina ou ambos misturados. Montadoras do mundo todo rapidamente viraram os olhos para o Brasil. É, claro, nenhum oceano azul dura para sempre. Fatalmente você será imitado. E, aí, a pergunta é: quando procurar por um novo oceano azul? Bem, um atleta de corrida sabe que quando ouve a passada e a respiração ofegante do adversário é hora de apertar o passo e repensar a estratégia. Para os negócios e a carreira vale a mesma dica.

 

LINHA DO TEMPO

Mesmo sem conhecer a teoria dos professores Chan Kim e Renée Mauborgne, alguns executivos conduziram suas empresas a um oceano azul

Henry Ford lança o Modelo T, a 850 dólares, enquanto a concorrência só produz sob encomenda.O Ford T ampliou a indústria automobilística e criou um aceano azul para a Ford. Depois dele, a carruagem foi definitivamente aposentada como meio de transporte.
Pierre Du Pont, principal executivo da GM, quebra a hegemonia da Ford ao lançar uma linha de carros com cores e estilos variados. Nos 30 anos seguintes, a fatia de mercado da GM sobe de 20% para 50%. A Ford viu sua fatia despencar de 50% para 20%.
No Brasil, o polonês Samuel Klein cria seu oceano azul ao fundar a Casas Bahia. Especializada em eletrodomésticos, ele lucra com os juros das vendas parceladas, tornando acessível a compra pelas classes mais populares, que não podem pagar à vista.
Tom Watson Junior, o número 1 da IBM, revoluciona o comércio de computadores, vendendo separadamente hardware, software e serviços. A estratégia deu origem ao multibilionário setor de software e serviços, do qual a IBM é líder até hoje.
Os japoneses decidem apostar em carros pequenos e eficientes, desafiando a lógica americana do 'quanto maior, melhor'. Quando estourou a crise do petróleo, na década de 70, o consumidor americano se rendeu aos automóveis da Honda, Toyota e Nissan.
Constantino de Oliveira Jr., filho de empresário de transporte urbano, cria a Gol com modelo de negócio similar ao da americana Southwestern: tarifa reduzida e baixo custo. Ao desvendar um oceano azul, a Gol ignorou rivais como Varig e Vasp.
Maurício Botelho, CEO da Embraer, já navegava num oceano azul ao antecipar a demanda por jatos médios. Em 2005, ele fez uma aposta ainda mais promissora: os minijatos. Eles são mais baratos, levam de quatro a seis passageiros e dispensam o co-piloto.

SUA CARREIRA NO OCEANO AZUL
Veja no quadro as vantagens de trabalhar numa companhia brasileira que busca oceanos azuis em relação às empresas nacionais conservadoras:
  Empresas inovadoras Empresas que não inovam
Remuneração média (R$) 1 265 431
Escolaridade média dos profissionais (em anos) 9,1 6,9
Tempo médio de emprego (em meses) 54,1 35,4
Bônus médio por inovação 1/4 de um salário 0


Artigo fornecido pela revista VOCÊ S/A.
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