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Está na hora de mudar
por Você SA
Publicada em 9/6/2008

Por Eugenio Mussak

 

Há duas palavras em nossa língua que são parecidas na fonética, mas opostas no significado: adaptação e acomodação. Adaptação é o ajuste de um organismo ao meio ambiente. Já acomodação quer dizer estabilidade, equilíbrio, repouso. Quando aplicadas ao homem, nos damos conta que o acomodado está estável, não muda; enquanto o adaptado muda o tempo todo, para acompanhar o que acontece ao seu redor.  

   

No mundo corporativo identificamos claramente esses dois espécimes. O acomodado busca segurança; o adaptado, desafio. Até porque outra característica do adaptado, no mutante mundo em que vivemos, é participar das mudanças. Quando está tudo quieto ele gosta de promover um terremotozinho que vai obrigar os outros a se mexer — menos os acomodados, é claro.

 

O economista austríaco Joseph Schumpeter, grande inspirador do Peter Drucker, nos explicou que a empresa (qualquer uma) tem ciclos previsíveis. Depois de fundada ela cresce até determinado ponto, a partir do qual começa perder em desempenho econômico. Essa perda continua até um ponto em que a situação se torna insuportável. A partir daí a empresa entra em crise e tem dois caminhos: ou se reinventa ou fecha. Como a crise tira as pessoas da zona de conforto, estimula a criatividade e a inovação, a empresa tem uma chance. Já que é assim, ele propõe que a empresa crie uma crise artificial antes de chegar ao seu limite. Dessa forma ela estará sempre se reinventando e continuará crescendo. Bingo! Essa visão pode ser aplicada à vida profissional. Quem se acomoda, no mínimo, pára de avançar na carreira, abrindo espaço para quem vem atrás. Quem se adapta aos novos tempos manda no jogo.

 

E, quando as coisas no emprego não vão bem, há duas possibilidades: mudar de emprego ou mudar o emprego. A segunda opção significa renovar o vínculo que você tem com seu trabalho, mudar o modelo mental, discutir a relação, digamos assim. Isso não significa acomodar-se às péssimas condições de trabalho, e sim exercer seu poder de adaptação ativa, o que é um favor para a própria organização e para a sua carreira.

 

 

Eugenio Mussak é professor do MBA da FIA e consultor da Sapiens Sapiens.

 


Artigo fornecido pela revista VOCÊ S/A.
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