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O tempo ao redor do mundo
por Você SA
Publicada em 1/12/2008

Por Juliana De Mari

 

As discussões a respeito das soluções para melhorar a qualidade de vida dos profissionais brasileiros e tornar possível a conciliação entre as demandas do trabalho e da vida privada estão engatinhando no país. Conheça agora, de acordo com pesquisa feita pela escritora Rosiska Darcy de Oliveira para o livro Reengenharia do Tempo (ed.Rocco), o que outros países, como Holanda, Suécia e Estados Unidos, estão fazendo (ou não) para viabilizar a melhoria da qualidade de vida de seus profissionais. Confira:

 
 

 

Holanda

 

A Holanda foi o primeiro país a realizar pesquisas sobre as aspirações dos homens. Por meio delas, chegou-se a conclusão de que era preciso diminuir o ritmo de trabalho para que eles pudessem estar mais próximos de sua vida afetiva. Os documentos sobre as políticas de igualdade do país insistem no fato de que 'os homens precisam recuperar um atraso na sua vida privada, tanto quanto as mulheres precisam superar alguns obstáculos na vida profissional'. A sociedade holandesa evoluiu progressivamente no sentido do trabalho a tempo parcial. A Holanda concluiu que só liberando os homens do trabalho remunerado poderia liberar as mulheres do trabalho doméstico.

 

 

França

 

As mulheres francesas ganham 25% menos do que os homens e isso afeta as relações familiares e a divisão de tarefas em casa. O país tentou resolver a questão implantando o chamado salário doméstico, mas a abordagem não deu certo. A maneira francesa de enfocar a questão da vida privada, dando-lhe um tratamento monetário, pecava por vários equívocos, segundo Rosiska Darcy de Oliveira. 'O mais grave era olhar para a vida privada pensando apenas na sua funcionalidade, e não no sentido que tem na relação entre as pessoas'.

 

 

Itália

 

Os italianos levaram adiante um dos mais interessantes debates sobre reengenharia do tempo. Conhecida como 'tempo das cidades', essa política pública visava conciliar os tempos de vida privada, de trabalho e da cidade em si, para uma maior qualidade de vida. Seu primeiro grande mérito é evitar as soluções destinadas apenas às mulheres no tratamento dos problemas. A Itália reconhece que se trata de um problema da família, da sociedade como um todo. Hoje, cerca de 160 cidades italianas usam políticas de horário de abertura do comércio levando em conta três fatores: as expectativas dos habitantes, os horários das escolas e os horários dos transportes. Atualmente, o grande desafio da Itália é uma integração mais efetiva das empresas.

 

 

Suécia

 

O debate sobre a questão do tempo começou efetivamente na Europa via Suécia. O país criou uma licença remunerada, equivalente a 90% do salário dos empregados, acessível a pais e mães, podendo ser utilizada em tempo integral ou parcial, até que o filho completasse oito anos. Também foi criado um mês de licença, depois do nascimento, para ser usado tanto pelo pai quanto pela mãe. Deu-se aos pais ainda o direito de 60 faltas anuais no trabalho em caso de doenças dos filhos. A sociedade sueca discutiu direitos e deveres de homens e mulheres, levando em conta seu duplo papel de pais e trabalhadores. O resultado é exemplar: 74% das mulheres suecas trabalham e que a política de tempo parcial cresceu mais entre eles do que elas.

 

 

Estados Unidos

 

Uma sociedade altamente dinâmica, voltada par ao produtivismo como uma quase religião, tende naturalmente a deixar a vida privada em segundo plano. A moderna empresa americana estruturou seu processo produtivo apoiando-se na possibilidade de convocar a mão-de-obra necessária no momento e nas circunstâncias que melhor convierem à empresa. Em tempos de precariedade de empregos, a tendência dos empregados é aceitar essas condições. Reina, assim, uma grande imprevisibilidade em termos de uso do tempo. Essa situação vem diluindo os laços de dependência entre jovens e seus pais e empobrecendo o papel educativo das famílias. O objetivo mais generalizado dos americanos é: aumentar o poder aquisitivo para garantir a extensão do consumo. A relação com o trabalho, portanto, aparece como prioridade.

 

Fonte: Reengenharia do Tempo, editora Rocco


Artigo fornecido pela revista VOCÊ S/A.
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