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Data: | 3/11/2003 | URL: | Veja a matéria no site de origem | |
Fonte: | jbonline | |||
Cresce o garimpo de empregos na Internet |
Encontrar um emprego, principalmente quando se está fora do mercado, é uma verdadeira via-crúcis. Com o currículo nas mãos, haja fôlego para percorrer tantas empresas. Em tempos de dependência quase completa da internet, porém, cadastrar seus dados na rede mundial de computadores pode ser uma cômoda e eficaz maneira de encontrar uma vaga que se enquadre perfeitamente no seu perfil. Enquanto candidatos vêem nos sites de recursos humanos um espaço a mais para aparecer, o negócio dissemina-se pela net.
- Todo este processo de recrutamento e seleção geralmente consome 80% da empresa, considerando tempo e dinheiro - afirma Marcelo Abrileri, proprietário do curriculum.com.br. - Pela internet, tudo pode ser reduzido a cinco minutos - diz. Marcelo foi um dos pioneiros a trabalhar com recrutamento online. Ele conta que o site começou como um sistema de laboratório há cinco anos. Hoje, conta com 15 mil páginas de programa e 660 mil pessoas cadastradas. - Quando precisam de uma geladeira, por exemplo, as pessoas procuram uma loja onde há várias e se servem. Nós fazemos isso. Somos a loja do funcionário - compara Marcelo. Trabalhando há 28 anos com consultorias para recrutamento, a Manager Assessoria resolveu apostar na www.manager.com.br e entrar no nicho internético. - Em tempos atuais, ficar fora da Rede não seria muito inteligente - explica o gerente executivo Leandro Idesis. Ter o currículo online já mostraria, assim, uma proximidade com a informática. Os números alcançados por estes serviços virtuais são altos. Os sites chegam a receber 3 milhões de visitantes únicos por mês, e disponibilizam até 4 mil vagas por dia. Algumas acumulam 100 mil empresas cadastradas. - A internet pode reduzir o tempo de recolocação profissional em até três vezes - afirma Leandro. - Às vezes existem mais vagas que candidatos - diz. A Associação Brasileira de Recursos Humanos (Abrh) ainda não contabiliza o número de sites de recrutamento online que existem no país, mas empresas atuantes acreditam que passam de 30. Perder o tête-à-tête com o candidato logo no primeiro momento do processo poder ser um inconveniente. Vanessa Schinoff, responsável pelo recrutamento e seleção da Azaléia, diz que a veracidade dos dados mandados pela internet pode ficar comprometida. Somados os currículos recebidos pelo site especializado e por e-mail, a Azaléia recebe 500, até 800 por dia. - Frente a frente fazemos uma observação. Já aconteceu, por exemplo, de um analfabeto trazer alguém para preencher uma ficha aqui. Pela internet, não temos como saber disso - afirma Vanessa. O analista de sistemas Marco Aurélio Vilela, 25 anos, conta que procurou pela primeira vez um RH online para saber quais cidades eram ''quentes'' para a sua área. Começou a receber propostas de entrevistas e logo ficou animado a deixar Goiânia, onde vivia, por São Paulo. - Apesar de não ter aceitado nenhuma proposta, por não querer ficar tão longe da minha família, avalio minha experiência como positiva - afirma Marco. Para conseguir o atual emprego, na Politec Informática, ele usou o recurso virtual para se mostrar ao mercado. - Quem está procurando emprego tem que estar em todos os lugares - afirma Anderson Melo, 29, adminisrtador de empresas. Ele está com uma chance de emprego em estudos no momento. A oportunidade apareceu quando alguém viu seus dados na rede. Apesar de agregar pessoas de todos os estados do país, a internet, segundo Anderson, ainda não conseguiu superar o entrave da distância. - Raramente as empresas contactam gente de outras cidades - constata. O preço para manter seu currículo nos sites varia. Geralmente o preço para os profissionais varia por semestre, e fica em média R$ 60. Para empresas, chega a R$ 200 por processo seletivo. Algumas ainda disponibilizam o serviço gratuitamente. |
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