É interessante ver a disputa pelo cliente na Internet. Depois da criação do Código de Defesa do Consumidor, a busca pela qualidade ao menor custo vem sendo a tônica dentro das empresas, mas, com custo zero, acho que esse é o primeiro grande duelo que assistimos de camarote. Sinceramente, não sei quem foi o primeiro a ter essa idéia nem se o acesso grátis é comum em outros países, mas uma coisa é certa: essa briga está muito boa.

Lembram-se que há cerca de um ano e meio a preocupação dos internautas era obter preços mais em conta nas assinaturas? Chegou até a ter uma greve de 24 horas que surtiu efeito. A parti daquele dia, os provedores uniram-se e movimentaram –se para aferecer opções mais atrativas, como o acesso sem limite de horas, ao preço médio de R$ 35,00.

Agora, é a vez de intensas campanhas publicitárias, rendo como protagonistas o Internet Grátis, mais conhecida como IG lê-se ígui), e o UOL-Universo Online.

A democratização da Internet é o slogan do IG. Para que pagar pelo que se pode ter de graça?, pergunta o anúncio.

Para ter conteúdo, revida o UOL, que sempre restringiuaos assinantes o acesso às informações que seu criador, o grupo Folha de S. Paulo e a revista Veja.

Houve, inclusive, um movimento disseminado na própria Internet contra os sites restritos, porém o Universo Online nem deu bola, porque seu poder de atração com o tal do contéudo é grande. Mas agora é bem diferente, já que a palavra “grátis”provoca um enooooorme frisson.

Além disso, para provar que se pode prestar serviço e informar sem cobrar do usuário, a propria Ig vem exaltando em sua publicidade as novidades implementadas em seu site.

O primeiro contrato de parceria foi fechado com um serviço já familiar aos profissionais de RH, o www.curriculum.com.br, que agora possui um link na home page do IG. Na página principal tem, também, o jornal Último Segundo, atualizado em real time e que traz as notícias quentes do dia, cotação do dólar, previsão do tempo, pesquisa de opinião etc.

Aliás, essa tem sido uma prática comum entre os provedores em geral: oferecer um infinidade de serviços para atrir e reter clientes ( você já ouviu algo semelhante dentro do RH, nào ouviu?).

Bom, voltando ao hipnotizante acesso gratuito, existem outros provedores fazendo uma revolução mais silenciosa, como o Terra (leia-se zaz), que no início de fevereiro colocou no ar o serviço Terra Livre (www.terra.com.br/livre).

Resta agora saber se o custo zero não vai recair sobre a qualidade de conexão e navegação. Imagino que, a essa altura do campeonato, milhares de internautas já optaram pelo acesso gratuito.

No entanto, pela lei de Murphy, só depois da mudança é que passaram a saber qual é a qualidade do serviço. Se você é um deles e quer manifestar sua opinião, mande um e-mail para mim.

Por hoje, é só! Até a proxima edição!