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  Data: 2/12/2011 URL: Veja a matéria no site de origem
  Fonte: Gazeta Online
Você ganha o que deveria?

Aos 41 anos de idade, Marcelo Rocha Pereira retornou aos bancos escolares. Ele tem nível superior na área de sistemas de rede e curso técnico em metalurgia. Agora, Marcelo está fazendo um curso técnico de eletrotécnica do Senai.

O motivo de tanto esforço? Marcelo viu que mesmo com os dois cursos anteriores não estava ganhando o que gostaria, mesmo com a experiência adquirida. Na hora de decidir por uma terceira qualificação, a idade e o valor do salário pesaram na balança de Marcelo.

O que o profissional fez sem orientação nenhuma é exatamente o que os especialistas em carreira indicam. Há estudos que comprovam que é preciso comparar idade e salário para saber se naquele momento da sua vida, de acordo com sua escolaridade e cidade onde vive, você ganha o ideal.

Em comentário na CBN, o consultor de carreiras Max Gehringer explica que esta relação vai depender também do mercado de trabalho na região em que mora e o porte da empresa. Ele citou como exemplo um trabalhador de 36 anos que mora na cidade grande, com muitas indústrias que tem o nível técnico.

Você está satisfeito com o seu salário? Seu salário é o ideal para sua idade?

"É bem possível que ele ganhe entre três e quatro salários mínimos. Se ele tivesse feito um curso superior ganharia entre 30% e 50% a mais. Tudo isso supondo que ele não é chefe, o que é o caso da maioria dos profissionais", diz.

Começar bem faz a diferença

A proposta salarial e o desenvolvimento da carreira pesaram na hora do engenheiro de Produção Mecânica Henrique Silveira Medeiros, de 26 anos, se  inscrever no programa de trainee da Vale. Ele, que é natural de Santa Catarina, já atuava em uma empresa de alimentos, mas já sempre soube que queria ir longe. Com salário inicial de R$ 4,6 mil, bem maior que outros cargos semelhantes em outras empresas, Henrique disse que acredita no crescimento dentro da mineradora: "O mais importante de tudo é aprender todos os dias".


Frutos

O objetivo de Marcelo Rocha é que essa reviravolta na sua carreira traga bons frutos: "Sou prestador de serviços nas áreas de rede, elétrica e telefonia. Percebi que do jeito que eu estava, perderia espaço no mercado de trabalho.

Sempre quis me aperfeiçoar para absorver parte da área de automação da empresa em que trabalho. Com esse novo curso poderei exercer outras funções e, assim, terei mais retorno profissional por estar especializado, além de uma remuneração melhor."

A psicóloga e diretora da Psico Store, Martha Zouain, fez um estudo a pedido de A GAZETA, que mostrou que aos 25 anos, o salário inicial de quem tem nível superior é igual à remuneração máxima de quem tem apenas o nível técnico. Ou seja, quem tem uma qualificação menor precisa ter atenção porque fica um pouco mais limitado no mercado (veja quadro abaixo).

Mas ela também lembra que desde a crise de 2008 existe um movimento de valorização de profissionais mais experientes. A percepção que se tem é que mais do que nunca a maturidade desenvolvida na trajetória profissional é vista pelas empresas como agregador na busca de "fazer mais, com menos".


Experiência

Já para o especialista em recolocação profissional e presidente da Curriculum.com.br, Marcelo Abrileri, quanto mais experiência, mais capacidade há de assumir mais coisas e, com isso, obter uma remuneração melhor.

"As pessoas com mais idade tendem a ganhar mais. O conhecimento é determinante para assumir novas responsabilidades", finaliza.


Análise

Curso superior eleva salário em 225%

Existem vários fatores que podem influenciar no salário de um profissional como atividade da empresa, região, cargo, entre outros. Segundo pesquisa do Cadastro Central de Empresas (Cempre), de 2009, aqueles profissionais que concluíram faculdade recebiam um salário 225% maior. O estudo aponta que o salário médio mensal em 2009 era de 3,3 salários mínimos. Os profissionais com nível superior recebiam em média 7,8 salários mínimos por mês, 225% acima. Ou seja, o salário de quem não tinha nível superior correspondia a 30,8% do salário recebido por quem tinha alcançado esse nível de escolaridade. Verificando a distribuição do total de assalariados segundo a escolaridade, constata-se que as grandes empresas absorveram 57,7% do pessoal com nível superior, seguida das empresas médias com 17,5%, pequenas com 17,3% e microempresas com 7,5%. O levantamento da FGV mostra que quem faz uma faculdade pode ganhar o triplo ou mais de quem tem o ensino fundamental. Existe também uma nova realidade no mercado é que estão sobrando candidatos com curso superior e faltando candidatos de nível técnico.

Anderson Rocha - consultor de Recursos Humanos


Mude para melhor

Tempo

Ciclo de 5 anos


Hoje em dia, não faz mais sentido fazer planos mais longos que cinco anos. Os ciclos de carreira são curtos.


Projetos

Fique com a família


Decisões de carreira levam em conta projetos de vida, como saúde e convívio familiar.


Mude

Não tenha medo

É possível mudar de função, de setor e de empresa.


Diferença

Comporte-se


Competências comportamentais e experiência prática são tão importantes quanto educação.


Direção

Seja feliz

A carreira pode seguir várias direções. Crescer, não significa subir degraus, mas desenvolver-se e ter uma boa reputação.


Programação

Divida a carreira


É possível programar mais de uma carreira ou dividi-la por partes: começo, evolução e pós-carreira.


Trabalho

Não tenha fronteira


A carreira não tem fronteiras. É possível trabalhar por projetos, rodando dentro da empresa ou fora dela.


Resultados

Mude de rota


Se você não está colhendo os resultados que esperava, algo está errado. Reavalie objetivos e tente rever a "rota". Ajustes poderão ser necessários e você tem que estar aberto a eles.




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