A estudante do terceiro ano de Direito Poliana Caetano Santos não precisou sair de casa para conseguir o primeiro estágio. Durante os três meses em que seu currículo ficou “hospedado” no site da empresa paulista de recursos humanos Catho, a universitária foi convidada para mais de 20 entrevistas até se decidir por uma da vaga numa firma de crédito imobiliário do Rio.

“A agilidade é o principal atrativo dos bancos de empregos da Internet. Além disso, a partir do momento em que seu currículo é cadastrado, você tem acesso agrandes empresas brasileiras e multinacionais. As chances de conseguir um emprego aumentam”, opina a estudante, que pagou R$15 por mês para manter o cadastro na rede.

Já o aluno do curso de Gestão e Criação de Ambientes na Internet da Universidade Estácio de Sá Marcelo Gomes de Oliveira gastou muita sola de sapato, batendo nas portas das agências de empregos até descobrir que a solução para o seu problema estava “a um palmo do nariz”. Seis meses depois de cadastrar seu currículo na Internet, através do site Curriculum, o universitário conseguiu o emprego que esperava na ISD do Brasil – empresa de informática do Rio.

“Na época, para a minha área, não havia muitas oportunidades de emprego nos jornais. A solução foi recorrer à Internet”, lembra o estudante, que chegou a recusar outras propostas antes da ISD. Na opinião do profissional, a Internet está mudando a relaçào empresa / candidato. “A utilização do computador para selecionar o futuro profissional já é uma realidade, que veio para ficar”, defende.

Gerente de novas tecnologias da ISD, Júlio Oliveira diz que a Internet agiliza o processo de seleção. “Antes, você anunciava uma vaga, tinha que esperar o jornal circular e as pessoas procurarem a empresa. Com a rede, a resposta é praticamente imediata”. Ele acrescenta que três funcionários da empresa de informática foram recentemente contratados com a ajuda da Internet.