Início
Press releases
Pautas
Artigos
Clipping
Publicidade
Cobertura de Eventos
 

  Data: 17/7/2012 URL: Veja a matéria no site de origem
  Fonte: Folha de Pernambuco Online
Quando o candidato fica à espera do retorno

Falta de resposta no processo de seleção gera ansiedade no candidato


Depois de um processo seletivo em busca de uma vaga de emprego, aguardar um retorno do recrutador com o resultado da seleção pode causar ansiedade ao candidato. As horas e os dias à espera de uma posição da empresa podem parecer semanas. “Passei ou não passei?” É uma questão que cria expectativa e que nem sempre é respondida, causando  frustração.






Foi assim que se sentiu Leiliane Pereira, recentemente, quando passou por duas seleções. Ambas para atuar como vendedora em uma loja de roupas. Na primeira, eram 14 concorrentes para três vagas, e o recrutador deixou claro que no dia seguinte ligaria para quem tivesse passado. Como não recebeu o telefonema, ela entendeu a colocação da empresa. Porém, se sentiu desrespeitada quando foi convidada pela mesma companhia para participar de uma nova entrevista e quem sabe ficar em outra filial. A segunda chance deixou a candidata esperançosa, o gestor que a entrevistou pareceu interessado em contratá-la e finalizou o encontro afirmando ligar no máximo em  quatro dias informando sobre sua decisão. Porém, o tempo passou e a profissional não recebeu um retorno. “Ele deu a entender que ligaria independentemente do resultado. Eu estava confiante e ansiosa para ouvir uma resposta que nunca foi dita. Fiquei chateada e se me chamassem de novo, quem não iria mais era eu”, lamenta.






Assim como Leiliane, muitos profissionais não recebem nenhuma resposta dos selecionadores sobre o término do processo e a participação deles no resultado da seleção.  De acordo com uma pesquisa nacional encomendada em abril deste ano pela Curriculum, site de empregos da América Latina, 83% de 2.500 profissionais já passaram por esta situação. Já aqueles que obtiveram uma resposta (17%), a maioria diz que o tempo médio para retorno é de em até uma semana.



Segundo a psicóloga organizacional, Olga Paiva, quando são muitos concorrentes fica difícil o retorno para todos desclassificados. “Já fiz seleção com três mil pessoas para mil vagas. Dar um feedback para dois mil candidatos requer tempo de trabalho, dinheiro e estrutura extra”, explica a profissional que já trabalhou no processo de recrutamento de um call center. Logo, a especialista acredita que a melhor maneira é  dizer que contactará os aprovados até determinada data, deixando subentendido a desaprovação dos que não receberem o telefonema.




Ainda segundo a pesquisa, mais da metade (51%) dos profissionais  disse que nunca recebe nenhuma explicação sobre os motivos da não aprovação.

E 98% deles afirmam que gostariam do feedback para não persistir no erro nas próximas vezes, além de que compreendem que o gesto demonstraria respeito.




Segundo a representante do setor de Recursos Humanos do Banco Gerador, Juliana Carvalho, dar um retorno para todos concorrentes é determinante. “A atitude agrega valor positivo à imagem da empresa e é questão de respeito ao candidato, pois todos são funcionários em potencial”, afirma. Há 13 anos no mercado, a administradora especializada em gestão de pessoas esclarece que não há mal algum no entrevistado ligar para o selecionador para saber se já existe uma posição da firma em relação à escolha. Isso apenas demonstra interesse do indivíduo a vaga. E tanto Olga quanto Juliana contam que quando é dado um feedback aos não aprovados, o discurso é parecido. Uma fala resumida dizendo que o candidato não está atendendo as necessidades exigidas. Ambas completam que detalhar os motivos da desclassificação pode ser feito caso o profissional pergunte. Inclusive, até dão dicas e aconselham cursos.




Voltar