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  Data: 2/12/2002 URL: Veja a matéria no site de origem
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Para Curriculum, Catho infringiu contrato

SÃO PAULO - Com o processo civil por concorrência desleal aberto, a Curriculum espera agora receber da Catho uma indenização pelos currículos roubados e também que a empresa apague os mesmos de seu banco de dados.


Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum, disse ao Plantão INFO que a Catho foi dissimulada ao se cadastrar em seus serviços com o nome de empresa e CNPJ de um de seus prestadores de serviços. E também que esta empresa 'infringiu nosso contrato de trabalho, que prevê que os currículos sejam usados única e exclusivamente para fins de recrutamento de profissionais'.


Pelo seu contrato, a Curriculum proíbe que endereços de e-mails e outras informações sejam usadas pelas empresas que acessam sua base de dados para outros fins, como mandar e-mails institucionais ou de propaganda ou vender estas informações a terceiros.


Abrileri conta que, em fevereiro deste ano, uma empresa denominada 2Minds4Art se cadastrou em seu serviço e analisou cerca de 100 mil currículos em uma semana. O sistema de segurança da Curriculum, então, teria identificado o comportamento fora do padrão.


Foi essa a empresa que, após rastreamento, levou a Curriculum para dentro dos computadores da Catho, de onde, segundo o executivo, partiam as requisições. 'Para se ter uma idéia, um processo de seleção normal utiliza entre 50 e 100 currículos. A Credicard, por exemplo, levou 45 dias em seu recrutamento para o programa Trainee 2001, com uma base de 14 mil currículos. Por isso foi de se estranhar uma empresa que pedisse acesso a 100 mil cadastros em um prazo tão curto', conta.


Segundo Abrileri, o acesso da 2Minds4Arts ao banco de dados foi cortado imediatamente. 'Não sabíamos quem era esta empresa, e entramos em contato para tentar ajudar, mas a resposta não foi a contento. Então, cortamos o acesso', lembra. 'Só que, no começo de março, estas mais de 100 mil pessoas começaram a receber mensagens da Catho para se cadastrarem no serviço ou participarem de cursos por eles promovidos'.


Abrileri diz que não quer fazer 'tempestade em copo de água', mas quer que a Catho pague pela infração de contrato e por concorrência desleal. 'O que a empresa nos pagou para acessar estas informações não cobre os custos desta base de dados. O que eles fizeram, usando outra empresa, é ilegal, já que nosso contrato deixa claro que os currículos só podem ser usados para um fim: o de recrutamento', declara. O valor da indenização, informa, ainda não foi calculado.


Segundo o executivo, a empresa estuda agora a possibilidade de abertura de um processo criminal contra a Catho, por furto qualificado, concorrência desleal e formação de quadrilha. 'Eu não quero um centavo a mais ou nada que não me diga respeito, mas o laudo pericial mostrou muita podridão nesta história', alega.


Sobre a acusação da Catho de que teria, no início de suas operações, registrado os domínios www.katho.com.br e www.cato.com.br, Abrileri diz que foram registrados por um ex-funcionário 'ansioso para mostrar serviço, que registrou domínios que não era de direito', mas que, assim que soube do ocorrido, pela advogada da Catho, 'devolveu os endereços na mesma hora, sem pedir um centavo por eles'.


Abrileri também disse que a empresa está se consolidando, apesar das dificuldades do mercado de internet, e que não estão desesperados - como sugeriu o presidente da Catho, Thomas Case. 'O que estamos fazendo é apenas uma reação ao roubo por eles cometido', disse.


Leia também, no Plantão INFO, Thomas Case, da Catho, se defende.

Renata Mesquita, do Plantão INFO



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