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Os dilemas do RH
por Você SA
Publicada em 14/4/2008

Por José Eduardo Costa

 

Hoje, e cada vez mais no futuro, os executivos de RH têm de estar focados no negócio. Sua função não se limita mais apenas a gerir pessoas. Os profissionais de recursos humanos que se apegarem a esse modelo ultrapassado terão seus orçamentos cada vez mais reduzidos, seu papel na empresa limitado, e, em última instância, terão sua função terceirizada.

   

 

Essa é a avaliação do líder mundial de recursos humanos da consultoria Deloitte, Jeff Schwartz. Segundo ele, o RH deve estar antenado à estratégia do negócio e orientar, treinar e desenvolver as pessoas nessa direção. 'Há ainda um segundo desafio que é como tornar o trabalho mais interessante para os profissionais da sua organização', diz o consultor.

 

Formado em administração de empresas pela Universidade de Yale e em economia em Princeton, ambas escolas americanas, Jeff fez uma palestra sobre 'Os novos desafios do RH', na manhã desta quinta-feira, dia 9, no auditório da Editora Abril, em São Paulo. O evento promovido pela VOCÊ S/A contou com a presença de cerca de 50 executivos de recursos humanos de diversas empresas brasileiras e multinacionais com sede no país. No início de sua apresentação, o consultor falou sobre o dilema que ainda atormenta muitos Rhs. Uma espécie de crise de identidade. 'Muitos executivos têm dificuldade em definir qual é a sua função na empresa. E quando o fazem, tem problemas ao apontar de que forma seu trabalho pode agregar valor ao negócio', diz.

 

A interlocução entre os Rhs, os demais diretores e o CEO (o presidente da empresa) é também um dos pontos críticos apontados pelo consultor da Deloitte. A dificuldade em definir uma prioridade e mostrar que sua função pode agregar valor ao negócio é um entrave ao diálogo. Jeff propôs aos executivos um exercício. Primeiro, identificar os principais objetivos da sua companhia para os próximos três anos. Em seguida, listar o que o RH está fazendo para que as metas sejam atingidas. Por último, listar o que o RH não está fazendo, mas poderia realizar para que esses 'goals' se concretizassem. 'É nesse último ponto que vocês devem se empenhar', diz.

 

 

Dicas de leitura

 

Na palestra, Jeff sugeriu a leitura de três livros que traçam um panorama atual do mundo. Todos tratam de questões pertinentes ao universo corporativo e mostram como países e empresas estão lidando com questões como outsourcing (terceirização da mão-de-obra para outros países), guerra por talentos e a corrida tecnológica. Os títulos são O Mundo é Plano (Thomas Friedaman, Editora Objetiva), Three Billion New Capitalists, deClyde Prestowitz (ainda não lançado no Brasil) e Workforce Crisis: How to Beat the Coming Shortage of Skills And Talent, dos escritores Kan Dychtwald, Tâmara Erickson e Robert Morison

 

 

Entrevista publicada na edição 95 da VOCÊ S/A

 

Entrevista

O RH pode melhorar

Perguntamos a Jeff Schwartz, líder mundial de recursos humanos da consultoria Deloitte, por que o RH é tão criticado. Formado em administração na Universidade de Yale e em economia em Princeton, Jeff admitiu que o RH pisou na bola, sim, nos últimos tempos, mas que a nova geração promete mudar essa realidade para melhor.

 

* Por que se reclama tanto do RH?

O RH está muito focado na própria agenda, quando deveria se concentrar em questões críticas para o negócio como um todo. Precisamos agir na cozinha, aperfeiçoando nossas operações de RH, mas também precisamos participar do que acontece na sala de jantar, discutindo diretamente com os nossos líderes do negócio.

 

* Qual o papel do RH hoje?

Há dez anos, o RH se dedicava basicamente a tarefas administrativas e manuais. Além disso, existiam vários procedimentos de RH diferentes dentro da mesma empresa. Vivemos claramente um momento de transformação. E a primeira geração dessa nova fase do RH está concentrada em unificar e simplificar os processos na empresa, terceirizar determinadas atividades e, com isso, ter mais tempo para questões como desenvolvimento de lideranças, formação de talentos etc.

 

* O senhor defende uma aproximação cada vez maior entre o RH e o presidente da empresa. Isto não aumenta a pressão nos funcionários por resultados?

O RH vive um momento importante e estimulante. Seu grande desafio é ajudar o presidente a encontrar o equilíbrio entre metas financeiras e sustentabilidade. As organizações mais bem-sucedidas são as que desenvolvem uma relação sustentável com seus funcionários e com a comunidade em que atuam. Alguns exemplos são a Home Depot, a Dell e a GE.


Artigo fornecido pela revista VOCÊ S/A.
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