Artigos
VOCÊ S/A
Colaboradores
Atualidades
Autoconhecimento
Curiosidades
Especiais
Vida Profissional

Parceria
Curriculum.com.br
e VOCÊ S/A


Pesquisar:
Pague seu curso
por Você SA
Publicada em 12/5/2008

 

Por Camila Guimarães

 

Há cada vez menos profissionais que esperam um aval da empresa para começar um MBA. Donos de suas carreiras, os executivos andam bancando seu próprio curso. Isso é o que revelou a pesquisa da VOCÊ S/A: 55% dos alunos abordados dizem pagar integralmente seus MBAs. Tomar essa atitude requer uma boa dose de planejamento financeiro.

  


Um curso de MBA não custa barato. A média de preços dos cursos classificados no ranking da VOCÊ S/A na categoria MBA Executivo é de 17 500 reais. Os que estão no topo da lista nessa mesma categoria custam na média 40 000 reais.

 

O primeiro passo para começar a se organizar, segundo o consultor financeiro Márcio Iavelberg, de São Paulo, é colocar na ponta do lápis o quanto se ganha e gasta e, a partir daí, identificar tudo o que pode ser cortado ou reduzido. É possível diminuir os gastos com roupas e restaurantes, por exemplo, ou trocar o carro por um mais barato. Após essa análise, é hora de avaliar as opções de pagamento que o mercado oferece. São elas:

 

1 - Pagamento à vista com desconto

Para quem pode fazer o pagamento à vista, o desconto costuma ser de 10%. Vale checar, porém, se o abatimento compensa. E aí é preciso fazer as contas. Se o curso custa 10 000 reais e o desconto oferecido à vista é de 10%, você economizaria 1 000 reais. Se esses mesmos 10 000 reais fossem investidos num fundo de baixo risco renderiam mais do que 1 000 reais (no período do curso)? Se sim, vale fazer a aplicação e pagar o curso mês a mês. Na comparação, não esqueça de descontar as taxas de administração e os impostos. Fundos de renda variável não são as opções mais indicadas neste caso, pois apresentam maior possibilidade de perdas no curto prazo.

 

2 - Parcelamento direto com a escola

Se for parcelar, negocie primeiro com as escolas. Você poderá conseguir boas opções:

 

Proponha quitar o curso em menos vezes com desconto. Ainda que menor do que o desconto oferecido para quem pagar à vista, você pode receber um abatimento, que varia de acordo com a política de cada escola. No Ibmec/SP o prazo máximo de parcelamento sem juros é de 23 vezes (matrícula mais 22 mensalidades). O desconto à vista é de 15,7% e varia entre 14,2% — para pagamentos em 3 vezes — e 3,6%, em 18 vezes.

 

Mexa na freqüência dos desembolsos. Em vez de pagar uma parcela a cada mês, realize um único pagamento a cada trimestre ou semestre. Essa é uma boa saída para quem tem remuneração variável e deseja utilizar o bônus para pagar o curso ou para quem tem dinheiro aplicado.

 

Peça um número de parcelas maior. Os juros aplicados pelas escolas costumam variar entre 1,055% e 1,8% ao mês. Não é pouco, mas ainda é melhor do que a alternativa seguinte.

 

3 - Financiamento bancário

Se a negociação com a escola não for suficiente, o negócio é financiar o curso. Mas fique atento às taxas. Os juros das linhas de crédito para cursos de pós-graduação (chamadas de CDC MBA) vão de 2,35% a 3,92% ao mês e só valem para os cursos credenciados em cada banco. Márcio Iavelberg reforça que o melhor negócio ainda é negociar com a escola, já que as taxas praticadas por elas costumam ser mais atraentes.

 

4 - Bolsa de estudo

Essa é outra opção, mas é importante saber que a oferta é bastante limitada. A Capes, fundação do Ministério da Educação, tem o Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particulares (Prosup), estabelecido diretamente com a universidade. Cada uma delas desenha os critérios de concessão dos recursos, que não precisam ser restituídos pelo aluno. Para saber se um curso conta com o programa, é preciso consultar a instituição. Existe, ainda, a Fundação Estudar, organização sem fins lucrativos que oferece bolsas parciais (entre 10% e 90%) para escolas de excelência, como FGV-SP, Ibmec/RJ e Fundação Dom Cabral, em Minas Gerais. Se, apesar das alternativas, você ainda não tem orçamento para se matricular num MBA, não desista. A recomendação é adiar o curso por um tempo, até você economizar o dinheiro para financiar sua educação.

 

Na ponta do lápis

Dois anos antes de iniciar o OneMBA da FGV-SP, o engenheiro metalúrgico Fernando Prado, de 35 anos, já pesquisava opções e poupava dinheiro. Diretor de novos negócios da Brasil Agronegócio S/A, que presta consultoria e serviços de certificação agropecuária, ele buscava exposição internacional sem a necessidade de deixar o mercado de trabalho, além de uma visão mais completa dos processos de gestão. Fernando irá desembolsar 30 parcelas de 3 000 reais pelo curso, com duração de 21 meses. Antes de tomar a decisão, ele fez as contas e optou pelo pacote-padrão com o maior número de parcelas. Essa alternativa era a única que lhe permitia utilizar seus ganhos mensais para arcar com o curso e ainda construir um colchão de segurança. Precavido, ele colocou num fundo o valor equivalente a 12 mensalidades. “Assim garanto certa tranqüilidade e não preciso interromper o curso diante de algum imprevisto”, diz ele.

 


Artigo fornecido pela revista VOCÊ S/A.
Clique aqui e acesse o site.
Quer assinar a VOCÊ S/A? Clique aqui.

Enviar para um amigo

Voltar