A Catho, maior empresa de recrutamento de executivos do País, está sendo acusada de roubo de informações de seus principais concorrentes, visando ampliar seu cadastro de currículos. Segundo reportagem de capa da revista IstoÉ Dinheiro, o processo está em andamento desde abril na 33ª Vara Cível de São Paulo e cita também a prática de concorrência desleal. A Curriculum, uma das maiores concorrentes da Catho, foi a autora da denúncia.

Nessa história toda, quem provavelmente terá sérios problemas com a Justiça é o webmaster do site da Catho, Adriano José Meirinho, que conheci no ano passado, na lista de discussão Jornalistas da Web. Figura polêmica e de educação nada exemplar, espanta-me a forma ingênua como o rapaz, de apenas 21 anos, executava a nobre tarefa de furtar material alheio, deixando nos computadores da empresa um rastro de vestígios comprometedores, e que foram encontrados pelos peritos durante os oito meses de investigação. Arquivos da própria Curriculum também estavam entre o material apreendido.

Entre as informações mais graves estão declarações do próprio Meirinho, afirmando coisas do tipo: “Eu robo (sic) gente grande, e coisa boa (...) Me cadastro em tudo quanto é lugar...tipo para roubar email de pessoas', além de declarar que, segundo a reportagem da IstoÉ Dinheiro, sua função é 'roubar currículos'. Tudo isto era feito através de um script encontrado pelos peritos, nomeado como 'rouba.phtml', com o qual a Catho teria obtido mais de um milhão de currículos cadastrados em outros sites.

A essa altura, e com todas essas evidências, pode-se dizer que a carreira deste jovem encerrou de vez. Somada à sua burrice, está a cara-de-pau de Thomas Case, dono da empresa: “Não há nada escrito que me impeça de ver uma grande quantidade de currículos (...) Não fizemos nada errado e vamos provar'.