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  Data: 16/2/2006
  Fonte: Canal RH
Recrutamento on line: mercado não pára de crescer

por Carla França

Há dez anos entre os altos e baixos da vida de free-lancer, o consultor de informática Antônio Claudio Gatti, de 53 anos, decidiu dar ouvidos aos amigos e procurar trabalho via Internet. Ficou no “lucro”. Três meses depois de ter o seu currículo disponibilizado por um site de recrutamento, ele foi chamado a partir desse anúncio virtual para desenvolver o projeto de implantação de um sistema de gestão empresarial em uma organização. E o melhor. Sem gastar nenhum tostão.

“Deu certo no primeiro contato”, diz Gatti. “Se eu pagasse, participaria de processos mais elaborados, com acesso às empresas cadastradas ao site, mas meu currículo continua lá, e se aparecer outra oportunidade, melhor.”

Segundo Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br, toda e qualquer empresa pode ter acesso a qualquer currículo gratuitamente na Internet. No caso da Curriculum.com.br, basta fazer uma busca por meio de um módulo de pesquisa que oferece 12 campos diferentes de informações - de formação, empregos anteriores, área de interesse, etc. - para triar a base dos currículos dentro de um perfil desejado.

No entanto, a Curriculum.com.br oferece um serviço mais completo, com detalhamento mais rico do perfil do profissional, com 60 campos de informação, que a empresa pode utilizar na hora de pesquisar e de fazer a sua triagem. Nesse caso, o candidato tem de desembolsar R$ 29 para expor suas qualificações. A empresa interessada nesses currículos mais completos, por sua vez, tem de desembolsar R$ 129 para ter acesso ao banco de dados por seis meses. Outros serviços pagos incluem que auxiliam o RH no processo de triagem e seleção, tais como o arquivo de currículos, as anotações nos currículos, entrevistas virtuais, entre outros.

Se é uma vantagem para as empresas, também é negócio para os candidatos. Mesmo sem pagar, segundo Abrileri, a pessoa poderá ser visualizada por empresas interessadas, pois, no caso da Curriculum.com.br, o encontro entre o profissional e a empresa é grátis. Ao criar seu filtro para buscar candidatos, a empresa interessada tem à sua disposição centenas de currículos, mas, no geral, acaba encontrando entre os primeiros que aparecem o perfil ideal, ou seja, normalmente não precisa olhar todos os currículos para encontrar o candidato.

Por esse motivo, se o candidato quiser pode ter esse serviço e aparecer nos primeiros lugares, com o objetivo de aumentar as suas chances. Hoje a Curriculum.com.br oferece esse serviço por R$ 29 por mês. Mas, Abrileri ressalta que, que mesmo sem pagar, as chances existem e não são pequenas.

De acordo com especialistas, o recrutamento on-line é uma tendência irreversível. “Hoje em dia, na hora de procurar emprego ou candidato não tem como deixar de usar a Internet”, afirma o presidente da Currículo.com.br. “As ferramentas de triagem de currículos “matam” a etapa do recrutamento e permite ao analista de Recursos Humanos das empresas ou headhunters se concentrarem na seleção”, diz Abrileri.

Sem falar na redução de custos e tempo com a organização dos processos. “É um bom negócio para o RH e para os candidatos: a Internet está fervendo, aparecem de 7 a 8 mil vagas diariamente”, afirma Tomas Case, da Catho, que garante registrar uma média de 100 mil contratações ao ano via site da empresa. “O crescimento do número de vagas registrado neste início de ano ano supera a dos três últimos”, garante.

De acordo com Case, 12,5% das contratações já são feitas pelos sites de recrutamento, ultrapassando os jornais, que respondem por 7,15%. “Já é o dobro”, diz. Também é fato que 64% dos candidatos em busca de recolocação recorrem, além de headhunters e rede de contatos, aos sites de recrutamento, incluindo todos os escalões.

Já para profissionais como o consultor de informática Gatti, que não está à procura, mas aberto às possibilidades, é uma alternativa de se manter vivo no mercado sem ter de ficar correndo atrás. “Hoje, não é o profissional que vai atrás da vaga, a vaga é que vai atrás do candidato”, conclui o presidente da Curriculum.com.br.



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