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  Data: 11/6/2011 URL: Veja a matéria no site de origem
  Fonte: O Povo online
Entre crachás, travesseiros, beijos e reuniões

No Dia dos Namorados, O POVO traz algumas regras que são fundamentais para casais de apaixonados que trabalham na mesma empresa não prejudicarem a carreira. Discrição é a principal delas


Mais novo casal de ministros, Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações): dá para imaginá-los aos beijos na Esplanada ou se chamando de “amoreco” ou “Bernardão” em audiência com a presidente Dilma Rousseff?

Tudo começa com uma troca de olhares furtivos. Depois, uma conversa informal ali, um email acolá, um add no Facebook, um follow no Twitter. E finalmente, um convite para o drinque na happy hour. Pronto, está engatilhado o romance. A situação acima, descrita por alguns casais ao O POVO, é quase padrão para um tipo de romance que surge a cada dia com mais frequência: o formado por colegas do mesmo ambiente de trabalho.

Em tempos de dedicação profissional extrema, há muito caducou aquele ditado que pregava que “onde se ganha o pão, não se come a carne”. A razão para isso é das mais óbvias. “Hoje, as pessoas passam 10, 12 horas por dia no trabalho, e é natural que elas despertem interesse por alguém entre seus colegas para um relacionamento a dois”, explica Marcelo Abrileri, especialista em recolocação profissional, presidente da empresa Curriculum, e autor de um estudo sobre o assunto.

Pesquisas divulgadas recentemente mostram que o ambiente de trabalho é mais fértil para a formação de casais que paqueras pela Internet ou mesmo até conversas em mesas de bar.

O fato de ser tão comum não minimiza o potencial de delicadeza que esse tipo de prática traz em si. A principal questão é: estabelecida a paixão, como deve agir o casal de pombinhos?

Antes de mais nada é preciso saber se a empresa tem uma política específica para esse tipo de situação. Poucas são as instituições brasileiras que impõem restrições ou proibições, mas há que se ter bom senso ao decidir levar um romance adiante.

“Trabalho é prioridade. Tenha sempre em mente que o ambiente de trabalho é para trabalhar. Evite quaisquer interferências em seu desempenho profissional. Converse com a pessoa e coloque esta situação de maneira leve, mas clara”, orienta Abrileri.

Assédio

O administrador e executivo de Recursos Humanos, José João da Costa, autor do recém-lançado livro Afrodite S.A. - Os riscos e cuidados nas aventuras amorosas no trabalho alerta para outro fator. É preciso se precaver sobre possíveis interpretações maliciosas que envolvam tentativas de aproximação. O temor, logicamente, é que elas sejam confundidas com assédio. Para tanto,é fundamental distinguir se há mesmo reciprocidade de interesse emocional.

“Quando estiver namorando, não divulgue. Isto é diferente de omitir ou de esconder”, aconselha Abrileri. “Não saia espalhando que você está tendo um caso ou até mesmo namorando com alguém da empresa. Até porque, mesmo que você tenha a máxima discrição, relacionamentos assim são inevitavelmente percebíveis”, explica.

Ainda assim, o especialista diz que o ideal é falar a verdade quando você for questionado sobre o affair, principalmente se a pergunta vier de seus superiores. E uma dica muito importante: combine previamente com o seu parceiro, o que deverá ser dito nessas horas. Nada mais patético que um dizendo que é um mero “fica” e o outro afirmando que finalmente descobriu o amor.Existem algumas situações que são unanimidade entre os especialistas quando se trata deste assunto, mas nunca é demais lembrá-las.

A primeira, deixe trancados no quarto os apelidos carinhosos. Ninguém precisa dizer o quão ridículo seria um “Benzinho” ou um “Gostosão” escapando no meio de uma reunião corporativa.

A segunda é: por mais que o mundo pareça um “deserto de almas”, recuse-se a demonstrações físicas de afeto na empresa. Pareça besteira, mas não é. Ou você acha que mesmo 21 anos depois que Zélia Cardoso de Mello e Bernardo Cabral, então ministros de estado, dançaram tango cheek to cheek alguém se cansa de zombar do mico?

ENTENDA A NOTÍCIA

Cada vez mais comuns, os relacionamentos amorosos entre colegas de trabalho requerem cuidado redobrado. O principal deles é separar por completo assuntos profissionais dos românticos para não prejudicar carreira.

REGRAS PARA RELACIONAMENTO AMOROSO EM AMBIENTE DE TRABALHO

Não misture: ao ter um relacionamento amoroso, há riscos de o trabalho invadir os assuntos pessoais e vice-versa. Por exemplo, visões antagônicas sobre o negócio podem ter reflexo no relacionamento . Brigas do casal podem, até mesmo inconscientemente, resultar em represália no dia a dia profissional.

Discrição: a postura do casal frente ao namoro no ambiente de trabalho deve ser discreta em todos os sentidos, porque ninguém deseja expor sua vida pessoal a comentários alheios, a chamada “rádio-peão”

Namoro entre pessoas do mesmo departamento: é um caso a ser encarado com muito cuidado., que deve ser analisado e discutido abertamente pelo casal. O ideal é que ambos combinem os preceitos a serem adotados, sempre buscando observar a cultura da companhia.

Namoro com superiores: ambos devem conversar e definir preceitos conjuntos. Mais do que nunca uma coisa não deve interferir na outra. A situação é delicada, porque se o superior promove por competência a pessoa com quem ele se relaciona, nem todos vão acreditar que este seja o motivo, o que pode gerar indisposição e conflitos na equipe.

Peça conselhos de pessoas de sua confiança: você sabe o que está sendo dito sobre seu relaciomento? O que dizem os superiores? Se há algo negativo sendo dito, certamente você será a última pessoa a saber. Peça ajuda a quem você confia e saiba antes.

Namoro é diferente de caso eventual: casos eventuais podem acontecer, e podem não durar. Já em namoros, a durabilidade se estende, mas pode terminar enquanto ambos estão na empresa. Numa possível ruptura do casal nessas situações, é importante manter a ética e nunca sair falando mal do outro.




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