A maioria dos candidatos a uma vaga de emprego (83%) não recebe nenhuma resposta dos recrutadores sobre o término do processo e a participação destes no resultado da seleção. É o que mostra pesquisa encomendada pelo portal Curriculum à Gentis Panel para saber a atitude do departamento de Recursos Humanos das empresas em relação à participação dos candidatos em processos seletivos. No estudo, foram avaliados mais de 2,5 mil profissionais.

Ainda de acordo com o estudo, entre os profissionais que obtiveram uma resposta dos selecionadores (17%), a maioria disse que o tempo médio para retorno é em até uma semana. No entanto, mais da metade daqueles que tiveram alguma resposta (51%) afirma que nunca recebe nenhuma explicação sobre os motivos da não aprovação.

Em geral, a pesquisa demonstrou a grande insatisfação dos entrevistados em relação a essa atitude recorrente dos profissionais de RH, pois 98% deles afirmam que gostariam de obter um feedback para não persistir no erro nas próximas vezes, além de avaliarem que o gesto demonstraria respeito.

Quando questionados se alguma vez já sofreram atraso em ser atendidos pelo RH na entrevista, 62% afirmaram que sim. A maior parte (41,5%) esperou e compreendeu, mas assumiram que o ideal seria que o responsável pelo processo tivesse avisado com antecedência que iria se atrasar.

Em relação ao primeiro contato dos selecionadores com o candidato pelo telefone, o levantamento mostrou que 74% consideram que não obtêm informações satisfatórias e detalhes suficientes sobre as vagas oferecidas. No entanto, aqueles que afirmaram que os dados sobre a oportunidade de emprego foram adequados na primeira ligação e puderam apurar a veracidade depois (21%) disseram que, em geral, as informações estão corretas e alinhadas com a realidade informada no primeiro contato.

Os profissionais responderam ainda quais informações julgavam importantes serem ditas logo no primeiro contato com os recrutadores. Segundo eles, o salário (17%), nome da empresa (16%), local de trabalho (15%), atividades a desenvolver (15%) e horário de trabalho (13%) são mais importantes do que saber num primeiro momento quais os benefícios que a companhia oferece. Somente 12% apontaram este item como essencial.