Atualmente, a área de Recursos Humanos de muitas empresas já não se imagina mais sem as etapas online que otimizam o processo de contratação. Com a Internet, a busca por candidatos ficou mais fácil, mas pouco se fala a respeito da importante seleção online, etapa fundamental e que decide se aquele candidato vai ou não ser chamado para a entrevista presencial. No entanto, com a mistura na web de assuntos pessoais e de negócios num mesmo ambiente, profissionais ainda têm dificuldade em se dar bem nesse processo, que remete um pouco de informalidade. Marcelo Abrileri, especialista em recolocação do maior site de empregos da América Latina, a Curriculum, traz dicas para quem quer passar para as próximas etapas e se familiarizar com as novas tecnologias dentro do contexto da busca pelo novo emprego:

1)    Erros de português e abreviações. Quando receber um convite para participar de uma seleção online e tiver de responder a diversas perguntas num formulário, não se esqueça de que você, mesmo respondendo em casa, de pijama, às 3 horas da manhã, pode estar em contato com seu futuro empregador e que esse processo, por mais informal e tecnológico que possa parecer, já é uma parte importante da sua entrevista de emprego. Portanto, procure manter o português impecável, respeite a pontuação, use maiúsculas no início das frases, ordene bem as ideias e lembre-se que palavras escritas sem abreviações mantêm um tom sério e que, com tudo isso, você ganha pontos.

2)    Nem respostas curtas e óbvias, nem prolixidade. Com a competividade acirrada do mercado de trabalho, os candidatos precisam se diferenciar. Aproveite o momento em que você pode responder sem ser testado pessoalmente, o que às vezes gera mais nervosismo, e responda com calma, originalidade e conteúdo, algo que surpreenda. É o momento para você impressionar. Sempre que possível, evite respostas curtas e muito óbvias, mas, por favor, não entenda isso como uma oportunidade para ser prolixo. Prolixidade é tão ruim quanto a obviedade, se não for até pior.

3)    Capriche! “Se eu escrever muito, o profissional de RH não vai ler tudo”. Esse pensamento é frequente. Isso realmente acontecerá caso o candidato esteja enrolando e seja prolixo, mas não acontecerá caso ele construa um discurso estruturado e correto. Respostas curtas podem passar a impressão de falta de interesse na vaga. É claro que, caso você tenha sido muito objetivo, mas consistente ao mesmo tempo, não há problemas. Mas, em geral, respostas mais longas, desde que bem estruturadas e com conteúdo relevante, surpreendem e transmitem a impressão de que você realmente se esforçou e está interessado.

4)    Alinhando expectativas. Procure tomar conhecimento do salário e dos benefícios, bem como do cargo e das responsabilidades. Sabendo qual é o desafio, do que você terá de dar conta, o que poderá ter pela frente, além do pacote de remuneração, já perceberá se a vaga interessa ou não e, dessa forma, encontrará energias e ânimo para dar o seu melhor durante o processo seletivo.

5)    Coerência. Tem sido cada vez mais comum as empresas solicitarem os endereços dos candidatos nas redes sociais. O bom é não ter receio de enviar e também não ter do que se envergonhar. Portanto, tome cuidado com seu comportamento nessas mídias, para que, de repente, uma foto ou comentário não “queime seu filme” em momentos importantes que podem mudar seu destino com um novo emprego.