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Data: | 29/11/2002 | URL: | Veja a matéria no site de origem | |||
Fonte: | Museu do Spam | PrintScreen: | Veja o printscreen da matéria original | |||
Por dentro do esquema Catho |
Denúncia de pirataria digital leva Justiça a investigar maior empresa de recrutamento de executivos do País, acusada de furtar de concorrentes mais de 1 milhão de currículos e endereços eletrônicos.
(...) O processo judicial corre desde abril, mas a principal peça dos autos, até o momento, chegou às mãos do juiz Luís Mário Galbetti apenas na semana passada. Trata-se de um laudo preparado pelos peritos Giuliano Giova e Ricardo Theil, (...) escreveram um relatório de 5 mil páginas em que apontam uma série de irregularidades nos procedimentos da Catho em relação à concorrência. (...) O relatório traz a transcrição de e-mails e ICQs - programa de mensagem eletrônica instantânea - entre funcionários da Catho Online, o braço da empresa responsável pelas operações tecnológicas. Nesses diálogos, eles discutem como entrar nas páginas dos concorrentes na internet, acessar seus arquivos e baixar rapidamente para seus próprios computadores currículos e endereços eletrônicos dos clientes das empresas rivais. Os endereços eletrônicos seriam usados para enviar propagandas dos diversos produtos da Catho, que incluem desde seminários e cursos ao programa de recolocação de profissionais (...) Personagem central. 'Eu robo (sic) gente grande, e coisa boa', escreveu numa mensagem eletrônica transcrita pelos peritos Adriano José Meirinho, que aparece no centro das investigações. Com 21 anos de idade, Meirinho é o webmaster, o administrador do site da Catho. No relatório, aparecem vários diálogos em que ele diz que sua função é 'roubar currículos'. 'Tem q fazer propagandas, certo?', teclou Meirinho, com as siglas típicas da linguagem da internet. 'Então tem q fazer robots para entrar em pages, vasculhar e pegar e-mail.' Em outro trecho, aparece uma transcrição de um diálogo em que ele descreve sua atividade: 'Me cadastro em tudo quanto é lugar...tipo para roubar email de pessoas.' O link acima disserta todo o processo no qual a Catho está sendo tida como ré por acusação de prática desleal: Chegava a se passar por uma empresa procurando profissionais, pagava para ter acesso aos sites concorrentes para levantar informações (como endereços de e-mail e telefone) e currículos para alimentar seus bancos de dados. Uma amiga confidenciou ser vítima desse esquema: Cadastrou seu currículo no Empregos.com.br, e no dia seguinte, além de spam em sua caixa postal, a Catho ligava em seu telefone residencial e celular. A declaração do webmaster é afrontosa, já que ele participa de diversas listas de discussão por e-mail. Lista de discussão por e-mail é um sistema onde você cadastra seu e-mail e suas mensagens são distribuídas para os demais cadastrados, permitindo assim discussões sobre temas específicos e troca de idéia. Mas infelizmente, sofrem com parasitas que se cadastram para recolher e-mails e alimentar base de dados para spam. Além do e-mail estar seriamente comprometido por causa do spam, serviços que funcionam por e-mail também estão sendo vitimados pelos spammers. Quanto a Catho, vou acompanhar o desenrolar do caso. Afinal, este Museu já detectou que esta empresa, há tempos, praticava spam. E pior, em seu site é possível encontrar políticas anti-spam e o e-mail abuse@catho.com.br, para receber, ora vejam, denúncias de spam. Se já não fosse evidente a diferença entre o que é política e com o que era praticado, agora a Catho vai ter que se explicar por atos condenáveis em explorar sites de concorrentes para alimentar sua própria base de dados e fazer spam na caixa postal de usuários de seus concorrentes. Se a situação não parece bonita à Catho, imagina se spam fosse crime. Postado pela Curadoria | 21:57 | |
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