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  Data: 2/12/2002 URL: Veja a matéria no site de origem
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Thomas Case, da Catho, se defende

SÃO PAULO - A Catho está sendo processada por roubo de banco de dados e concorrência desleal após ter sido denunciada pela Curriculum. Thomas Case, presidente da empresa, defendeu-se do que ele considera 'um tiro pela culatra' dado pela concorrência.


Em entrevista ao Plantão INFO, Case alega inocência e diz que agiu dentro da lei. 'Nós não hackeamos nada. Entramos onde estava aberto e, onde tinha que pagar para se obter as informações, nós pagamos', disse o executivo americano, naturalizado brasileiro, complementando que usou as informações obtidas em seus concorrentes para divulgar sua empresa e enviar a newsletter Carreira e Sucesso. 'Somos absolutamente inocentes', reiterou.


Para Case, as empresas não têm direitos autorais sobre os currículos cadastrados em seus serviços. Para embasar sua opinião, a empresa usará um laudo, assinado pelo jurista e professor da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, Ronaldo Lemos da Silva Júnior, que diz a empresa 'não fez nada de errado ao buscar dados em seus concorrentes'.


Na opinião do executivo, a Curriculum entrou com a acusação contra a Catho por 'desespero comercial'. 'Em nosso site as empresas não pagam nada para pesquisar os currículos dos inscritos atrás de profissionais, e isso incomoda demais nossos concorrentes, que cobram pelo serviço e não conseguem mais clientes por conta disso. Como nosso preço é zero, estamos destruindo os negócios deles', disse. Hoje, a Catho cobra apenas as pessoas físicas que querem ter seu currículo divulgado para as empresas que usam o serviço.


Case contra-ataca a Curriculum ao lembrar que, no início das operações, a rival registrou os domínios www.katho.com.br e www.cato.com.br para redirecionar o tráfego destes endereços para suas páginas. 'Mas entramos com uma advertência via cartório contra eles em 31 de janeiro de 2000, e agora esses endereços nos pertencem'.


O executivo comparou a prática de sua empresa - entrar no banco de dados dos concorrentes para pegar informações dos usuários cadastrados para fazer sua propaganda - aos sistemas de busca da web e disse também tanto não há direitos sobre essas informações que existem empresas especializadas em vender endereços eletrônicos para quem quer fazer e-mail marketing. 'É uma infelicidade que tenham chamado isso de roubo ao invés de busca', disse.


O interessante é que a própria Catho procura resguardar seus clientes, pelo menos no que diz respeito ao e-mail marketing - mais conhecido como SPAM. 'Temos um serviço para a denúncia destas práticas, e também monitoramos o uso de nossa ferramenta de busca para evitar abusos. Se uma empresa denunciada tenta fazer uma pesquisa, bloqueamos seu acesso'.


Para quem é cadastrado na Catho - são 86 mil usuários, segundo a empresa - e ficou com medo de ver seu currículo competindo com os de outras pessoas que não pagaram pelo serviço, Case garantiu que apenas os dos seus usuários eram exibidos para as empresas. 'O endereço dos outros serviu para fazer divulgação institucional', reiterou.


'Essas pessoas divulgaram seus dados por um motivo específico, que era o de encontrar emprego. E nós temos 120 mil vagas para oferecer. Quanto mais eles forem divulgados, mais chances há de se conseguir o emprego', disse. 'Se a Curriculum estava preocupada com o número de acessos a seu banco de dados, ela que limitasse este acesso'.


Um prestador de serviços da Catho era a pessoa que se cadastrava como empresa associada nos sites de recolocação profissional, fornecendo CNPJ e demais informações necessárias para a consulta, conta o executivo. A partir daí, um script pegava as informações que interessavam à Catho para fazer a sua divulgação.


Case diz que, até agora, a Catho não recebeu uma cópia do laudo que a incrimina, preparado pelos peritos Giuliano Giova e Ricardo Theil, ao qual a revista IstoÉ Dinheiro teve acesso. 'Este processo não tem fundamento. É interessante a tentativa da Curriculum para nos destruir, mas temos absoluta confiança de que seremos considerados inocentes e que vamos continuar mandando bala, oferecendo pelo menos 120 mil vagas de emprego à nossos cadastrados', acusa.

Renata Mesquita, do Plantão INFO



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