São Paulo, junho de 2008 - A “rádio peão” existe em quase toda empresa. Essa “rádio” é responsável por fazer a propagação de fofocas, veiculando muitas vezes notícias falsas, criando insegurança no ambiente de trabalho e rondando todos os departamentos.

Dentro de uma organização, as notícias se espalham rapidamente. Às vezes, é bom que o profissional fique afastado desta rede paralela de comunicação, que na maioria das vezes mais desinforma e confunde do que informa. Para isso, ele precisa saber com quem conversar e sobre o que conversar, evitando comentar coisas que não são de sua alçada ou competência para que não seja alvo de fofocas.

Para a empresa, a melhor opção é equilibrar a comunicação, encarando a “rádio peão” apenas como uma manifestação natural, pois é do instinto humano interagir, conversar, comentar, concordar, desde que isso não interfira na imagem de outras pessoas da equipe e da própria empresa.

Ligada a isso também está a eminência parda: pessoas que se mantêm nos bastidores, mas exercem secretamente o poder. Elas têm grande influência dentro da companhia e são sempre ouvidas por pessoas da alta hierarquia. Mas geralmente o colaborador não sabe quem são essas pessoas, uma vez que seu status independe de seu poder.

“A empresa que consegue se equilibrar na comunicação não terá a 'rádio peão' como um problema. O profissionalismo do colaborador e a preocupação com sua carreira fará com que não se permita dar ouvidos nem tampouco disseminar notícias infundadas e de cunho não profissional, pois sabe que uma postura não correta neste sentido afeta diretamente sua imagem na empresa, com riscos de ter reflexos no mercado”, alerta Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br.

O ideal é que se tome cuidado com as pessoas com quem o indivíduo se relaciona para manter na empresa uma imagem íntegra e de credibilidade, mostrando o que realmente importa, ou seja, sua competência.

Há um texto conhecido e sábio, que vale a pena ser relembrado por todos os colaboradores de uma empresa que pensam em se envolver nas fofocas da “rádio peão”: “Pessoas inteligentes falam de idéias; pessoas normais falam de coisas; pessoas medíocres falam de outras pessoas.”