Em 2009, os analistas norte-americanos Robby Whites e Jeremy Rincon foram demitidos  quando a empresa onde trabalhavam foi acusada de fraude. Para alguns, isso teria sido um revés grande, mas a dupla aproveitou a oportunidade para criar algo novo.

Em uma viagem de negócios que fizeram para a Colômbia, os dois amigos encontraram um escritório que usava como lousa apenas um vidro laminado colocado sobre apoios.

Com anos de experiência no mundo corporativo, Rincon e Whites puderam perceber a necessidade de modernizar os quadros brancos usados por grandes corporações desde os anos 90. Eles decidiram apostar numa alternativa atraente e funcional para escrever, com a possibilidade de lavar ou apagar as informações. Partindo desse princípio, os dois colocaram a mão na massa e na garagem da casa de Whites nasceu a Clarus Glassboards, fabricante líder dos painéis de anotações feitos em vidro.

Nos últimos dois anos, o ritmo de crescimento da empresa dobrou e o faturamento da dupla atingiu cerca de US$ 40 milhões (aproximadamente R$ 128,6 milhões). Atualmente, a Clarus Glassboards tem 120 funcionários e trabalha com uma vasta gama de clientes, incluindo Google, Facebook, e Coca-Cola. Em menos de cinco anos de mercado, a empresa é avaliada em quase US$ 100 milhões (cerca de R$ 321,6 milhões).

Rincon e Whites definitivamente traçaram um plano estratégico de sucesso. Segundo os sócios contaram ao site “Inc.”, existem três movimentos certeiros para transformar uma ideia em uma empresa de sucesso. Confira:

1. Criar um produto que não exista
No caso da dupla, a viagem à América do Sul representou uma grande aposta. Eles viram um segmento de mercado não explorado e desenvolveram um produto totalmente novo, que despertou o interesse dos consumidores, levando ao rápido crescimento do número de clientes que queriam testar a ideia.

2. Pensar bem antes de investir
Se uma ideia não dá segurança para abrir o bolso e investir tudo em seu desenvolvimento, talvez ela não seja tão boa assim. Como os dois estavam desempregados e com famílias formadas, foram necessários muitos ajustes para que o foco financeiro se tornasse a ideia em desenvolvimento. Cinco anos depois, eles perceberam o quanto o esforço valeu a pena.

3. Contratar pessoas dedicadas
Quando você está lançando um produto que não existe e tentando conquisar pessoas para embarcar nessa aventura com você, muita coisa pode dar errado. A Clarus entrevista entre 20 e 30 candidatos para uma única vaga porque entendem a necessidade de ter pessoas que se encaixem no ambiente e apoiem o comprometimento da marca com a excelência.

Os sócios querem que os novos funcionários sejam tão engajados quanto eles foram no começo do negócio. Nos primeiros meses, eles tentavam encontrar clientes durante o dia e, a partir das 17h, iam para a garagem desenvolver o produto. Hoje eles empregam mais de 120 pessoas.

Fonte: PEGN