Veja quais são as mais recorrentes e descubra o que pode fazer para neutralizá-las ou fugir delas.

1. Perder uma oportunidade para um colega puxa-saco
Tenha em mente que não vale a pena revidar. O primeiro ponto é entender que, no trabalho, não adianta só ser capaz. É preciso deixar que os outros vejam. Ter competências que não aparecem é a mesma coisa que não ter. Assim, quando houver uma disputa com um puxa-saco, o fato de todos terem conhecimento das suas habilidades se tornará um empecilho para escolhas do chefe motivadas por razões pessoais.

2. Ser alvo de boicote do gestor por causa da competência
Situação típica que acontece quando o destaque do funcionário causa medo, pois a incompetência e as falhas do chefe passam a ficar mais claras para toda a empresa. O boicote pode ser neutralizado se você mostrar, por meio de ações, que não existe competição nem perigo nessa relação. Deixe claro que juntos vocês podem unir forças para alcançar resultados que vão beneficiar os dois.

3. Ter a autoridade ignorada ou atropelada
Um erro fatal é tirar satisfação com o colega que passou por cima de você. Você vai parecer esnobe. Além disso, liderança se conquista, não se impõe. Antes de mais nada, converse com o chefe e resolvam juntos a melhor forma de deixar claro aos demais integrantes da equipe quais são os deveres de cada um. Formas para evitar a situação? Não misture relações de amizade e de trabalho e, em vez de impor, explique claramente o que deseja.

4. Sofrer isolamento ou exclusão de algum projeto importante
A melhor estratégia para fugir do problema é se informar sobre os projetos da empresa e filtrar com quais poderá contribuir de forma efetiva e relevante. Muitas pessoas se ressentem de serem excluídas, mas, em vários casos, sua formação e suas habilidades não fazem sentido para certos trabalhos. É preciso compreender esse tipo de seleção. Uma atitude madura é se colocar à disposição para ajudar no que for preciso. Assim você deixa claro que se importa mais com novas oportunidades do que com as perdidas.

5. Cometer um erro por influência de alguém
Assuma a parte que lhe cabe, desculpe-se e se comprometa a ter mais atenção na próxima vez. Também não deixe de conversar com o colega envolvido sobre o impacto do problema em sua carreira. Dependendo da gravidade do erro, é importante reunir provas sobre sua real participação na falha e mesmo procurar o departamento de recursos humanos da empresa. Checar mais de uma vez informações recebidas e observar melhor as pessoas para saber em quem pode confiar –e quais suas reais intenções– são algumas estratégias para fugir do problema.

6. Ver outra pessoa assumir a autoria de seu projeto
Aprenda a compartilhar resultados e ideias não somente com seu chefe, mas também com a equipe. Dessa forma, ficará muito mais difícil alguém lhe passar a perna. E procure situações para divulgar suas sugestões com o maior número de pessoas ao mesmo tempo, como uma reunião. Diante da “puxada de tapete”, é essencial analisar o cenário. Se foi o chefe que se apropriou da ideia, falar com ele ou com o superior dele para esclarecer a situação pode significar diversos problemas, inclusive demissão. Já se foi um colega do mesmo nível hierárquico, uma conversa assertiva com o gestor pode surtir efeito. Como se trata de um caso que desperta um senso de justiça, é importante manter o controle emocional para não transformar o que ocorreu em algo com maiores proporções do que o necessário.

7. Ter algo pessoal que contou a um colega revelado ao chefe
É impossível controlar as ações alheias. Se você não quer ver algo íntimo espalhado por aí, não conte nada a ninguém –principalmente se o teor não ajudar em nada a sua carreira. Se a informação oferecer risco à sua imagem, uma boa ideia é ter uma conversa franca com o chefe. Não com a intenção de pedir desculpas, mas com a proposta de esclarecer os fatos. Ao abrir o jogo, você oferece a sua versão do episódio e mostra que se importa com sua reputação. É bom também chamar o fofoqueiro para uma conversa. De preferência, sem acusações, mas com questionamentos do tipo: “O que você ganhou com isso?”.

Por Heloísa Noronha | Fonte: UOL