Steve Jobs, Jorge Paulo Lemann e Silvio Santos. Essas são as três figuras públicas que mais inspiram a geração Z, de acordo com um levantamento da Page Talent, a unidade de negócios da Page Personnel dedicada ao recrutamento de estagiários e trainees. Em parceria com a Inova Business School, a empresa fez um levantamento sobre as tendências, relações de trabalho, atração e contratação de jovens profissionais. O resultado pode surpreender. Influenciadores digitais, celebridades, políticos e ativistas, como Kéfera, Neymar, Eduardo Suplicy ou Kim Kataguiri têm baixa influência na carreira dos jovens da geração Z, nascidos a partir da década de 1990.

 De acordo com o estudo, 10% dos jovens dizem não ter ninguém como referência. Em segundo lugar, aparece Steve Jobs (8%), seguido por Jorge Paulo Lemann (5%), Silvio Santos (4%), Barack Obama (3%), Jesus Cristo (3%), Bill Gates (3%), Flávio Augusto da Silva (3%), Elon Musk (2%) e Mark Zuckeberg (2%). “Por se tratar de uma geração amplamente conectada, esperávamos até que outros nomes mais ligados ao dia a dia desses jovens aparecessem na pesquisa. Isso mostra que essa turma procura para suas carreiras a inspiração de pessoas ligadas à inovação, empreendedorismo e sucesso.
Pretendem aprender algo com eles e que os motivem a trilhar uma carreira mais vitoriosa”, afirma Manoela Costa, gerente-executiva da Page Talent, em nota.

O estudo foi realizado entre abril e maio deste ano e contou com a participação de 4093 candidatos a programas de estágio e trainee e 310 representantes de RH de empresas de diversos setores e portes.

E o que as empresas precisam ter para atrair esses jovens profissionais? Para a geração Z, a empresa “dos sonhos” busca preservar a qualidade de vida dos colaboradores (apontado por 68% dos entrevistados), tem compromisso com inovação e tecnologia (28%) e tem em sua cultura a responsabilidade social (48%) e ambiental (29%).

A pesquisa também questionou o que atrai os jovens na hora de aceitar uma oportunidade de emprego. A maioria deles (61%) diz ser um plano de carreira estruturado. Esse fator foi apontado como mais importante até do que o valor do salário, indicado por 45% dos entrevistados. No entanto, 65% dos jovens dizem não ver possibilidade de crescimento nas empresas onde trabalham.

Outro ponto que a Page buscou avaliar é o quanto os gestores atuais se aproximam do conceito do gestor ideal que está na cabeça desses jovens. O estudo pediu que os profissionais escolhessem três principais traços desejáveis em um chefe. Metade dos jovens diz querer um gestor que seja inspirador, 35% querem um superior aberto e 16% dizem que dinâmico é um traço ideal. Os pesquisadores pediram também que os jovens descrevessem seus chefes atuais. Segundo a pesquisa, 26% classificaram o gestor atual como aberto, 25% como “mão na massa” e 24% como inspirador.

“A primeira impressão nos indica que os jovens buscam gestores menos presos ao operacional diário e que trabalhem com altas ambições e ritmo. Esta projeção também está claramente ligada a que tipo de profissional estes jovens gostariam de se tornar ao assumir a cadeira de gerente. É a busca por realizar, transitar com facilidade e transparência, de maneira livre e rápida”, afirma Manoela Costa.

Fonte: Época negócios