Presidente disse que decidirá se sanciona projeto ou não na segunda-feira e pediu ajuda nos comentários de live semanal
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (22), durante live semanal que realiza nas redes sociais, que, se sancionar o projeto que aumenta a multa trabalhista para empregadores que pagam salários diferentes para homens e mulheres que exercem a mesma função pode tornar “quase impossível” a entrada de mulheres no mercado de trabalho .
Segundo o projeto, aprovado no final de março pelo Senado, a punição passa a ser de até cinco vezes a diferença salarial verificada entre o homem e a mulher. A indenização será multiplicada pelo período de contratação da funcionária, respeitando um limite de cinco anos.
O presidente justificou que, na justiça trabalhista , a maior parte das decisões favorece o empregado em detrimento do empregador e que, se sancionar a lei, muitos empresários irão parar de contratar mulheres com medo de serem injustamente enquadrados na lei.
“Qual a consequência disso vetado ou sancionado? Vetado, vou ser massacrado. Sancionado, você acha que as mulheres vão ter mais facilidade de arranjar emprego ou não no mercado de trabalho. Vamos ver se eu sancionar como vai ser o mercado de trabalho para a mulher no futuro. É difícil para todo mundo, para a mulher é um pouco mais difícil. (Vamos ver) Se o emprego vai ser quase impossível ou não”, disse o presidente.
Bolsonaro pediu para que seus seguidores respondam nos comentários se ele deveria sancionar a nova norma. O presidente, entretanto, falou que não necessariamente iria seguir o resultado por causa da possibilidade, segundo ele, de que apareçam pessoas pedindo o veto com o objetivo de, posteriormente, criticá-lo.
“Você pode estar dizendo, o patrão tem que tomar vergonha na cara. Pode acontecer que o pessoal não contrate ou contrate menos mulheres. Não vou discutir o mérito. Segunda-feira é o dia D. Vou ver nos comentários da live se eu devo sancionar ou vetar o projeto que aumenta a multa para aquele que pague salário menor que exerçam a mesma atividade, supostamente a mesma atividade”, afirmou o presidente, novamente destacando que os empregadores poderiam ser injustamente enquadrados na nova lei.