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Corte rápido de incentivos atrasará recuperação de empregos, diz OIT Publicada em 8/12/2009

da Efe, em Genebra (Suíça)

 

Retirar antes do tempo as medidas de estímulo adotadas em resposta à crise econômica poderia atrasar durante anos a recuperação do emprego e expulsar 43 milhões de pessoas definitivamente do mercado de trabalho, segundo relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho), publicado nesta segunda-feira.

 

"A primeira razão para temer as consequências é que a crise do emprego global, que já causou a perda de pelo menos 20 milhões de postos de trabalho desde outubro de 2008, ainda não terminou, apesar dos primeiros sinais de recuperação econômica", afirmou o diretor do Instituto Internacional de Estudos do Trabalho da OIT, Raymond Torres, em entrevista durante a divulgação do relatório.

 

Segundo ele, cinco milhões de trabalhadores podem perder seus empregos nos 51 países que a OIT dispõe de dados, pois seguem trabalhando, em geral graças à ajuda governamental, em situações de jornada reduzida, desemprego parcial e outras modalidades.

 

Se forem retiradas essas ajudas governamentais, ressalta a OIT, esses cinco milhões se somariam "de maneira imediata" às fileiras do desemprego.

 

Paralelamente, outros 43 milhões de pessoas que atualmente não têm trabalho podem ser definitivamente excluídos do mercado, pelo fato do desemprego perdurar por muito tempo ou simplesmente por deixarem de buscar uma colocação diante da falta de programas adequados, se a recuperação econômica não for suficientemente forte.

 

"Este risco é especialmente alto no caso dos trabalhadores pouco qualificados, os imigrantes e os trabalhadores de mais idade, assim como as pessoas que desejam incorporar-se ao mercado pela primeira vez", assinala a OIT.

 

Torres destacou as medidas adotadas por alguns governos para minimizar a perda de postos de trabalho, mediante a redução de horas e outras práticas para manter os empregos, apesar da queda da produtividade.

 

Ilustrou esse cenário comparando as ações tomadas na Alemanha e Espanha, onde "com uma queda mais ou menos similar da produtividade, na Espanha foi registrado um aumento do desemprego muito maior do que na Alemanha".

 

O responsável da OIT disse que esse maior aumento do desemprego na Espanha se deve ao fato de "não terem sido utilizadas esse tipo de medidas para manter o emprego e que a crise se centrou ali em um setor específico, o da construção".

 

O relatório também não recomenda uma retirada prematura das medidas de estímulo porque considera que "a maioria das falhas do sistema financeiro que estão na raiz da crise atual ainda não foram corrigidas".

 

Por isso, insiste em que as medidas de estímulo e as políticas em geral devem colocar o emprego e a proteção social no centro da resposta à crise, de acordo com a organização. "A extensão das medidas de estímulo fiscal, se tivessem sido bem orientadas em direção ao emprego, aumentaria o emprego em 7%, em comparação com uma retirada prematura das medidas de apoio fiscal", diz o relatório.

 

Retorno

 

A partir das mais recentes estimativas do FMI, se deduz que nos países com um alto PIB per capita o emprego não voltará aos níveis anteriores da crise antes de 2013, a menos que se tomem medidas mais decisivas para estimulá-lo.

 

Nos países emergentes e em desenvolvimento, os níveis de emprego poderiam começar uma recuperação a partir de 2010, mas não alcançarão os níveis anteriores à crise antes de 2011.

 

A OIT recomenda investir no meio ambiente, pois considera que a economia verde é uma fonte potencial de criação de emprego.

 

"Impor um preço às emissões de CO2 e utilizar as receitas originárias para reduzir os impostos ao trabalho aumentaria o emprego em 0,5% para 2014, o que equivaleria a gerar mais de 14,3 milhões de novos empregos para a economia mundial", assinalou Torres.

 

 

Atualmente, quase 38% de todos os empregos estão em setores que produzem altas emissões de carbono.

 

Fonte: Folha Online


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